Em meus livros, sempre gosto de fazer uma carta falando um pouco sobre os personagens e inspirações para a história.
Em seguida, vocês lerão a carta final que está presente no livro “Capricho e Perfeição”.
Cuidado com spoilers ;)
Carta da Autora - Capricho e Perfeição
Em 2020 me vi muito influenciada por obras de romance clássicas, se posso chamar assim. Comecei lendo Lucy M. Montgomery e suas aventuras com Anne Shirley, influenciada pela série da Netflix.
Também conheci alguns outros clássicos como o "Frankenstein" de Mary Shelley, junto com a adaptação em filme interpretado por Elle Fanning.
Em 2016 conheci “Jane Eyre”, escrito por Charlotte Brontë, mas naquela época, não havia sido tão influenciada quanto fui quando reassisti ao filme interpretado por Mia Wasikowska em 2020. Essa história me manteve entretida por meses — eu li e assisti ao filme várias e várias vezes e nunca cansei.
Até então, nunca tinha ouvido falar sobre Jane Austen, até ver o filme "Orgulho e Preconceito", interpretado por Keira Knightley e Matthew Macfadyen. Assim que terminei de ver aquele filme maravilhoso, comprei o livro. Eu precisava saber tudo sobre Orgulho e Preconceito, somente aquele filme não bastava — assim como todos os clássicos já citados. Eu precisava ler!
Com toda a certeza, a minha Eliza nasceu do fruto de uma imensa inspiração por Orgulho e Preconceito, mas também influenciada por todas essas mulheres em que tive o prazer de ler. Essas leituras constituíram em mim uma linguagem rica.
Nunca imaginei que ler essas lindas obras me fariam finalmente ter uma escrita que hoje considero muito boa. Sigo aprendendo com elas.
Assim como também tive o prazer de conhecer Julia Quinn, uma ótima autora, com histórias inspiradoras, que também influenciaram muito o fim de “Capricho e Perfeição”.
Para quem é fã dos livros de Jane Austen, já notou a referência no título, ou até mesmo o título do primeiro capítulo. Esse livro está recheado de referências a Orgulho e Preconceito, até mesmo referências que foram coincidências de minha parte e só fui saber mais tarde, como por exemplo: o fato de Orgulho e Preconceito ter sido escrito em 1797 — o mesmo ano em que minha história se passa e que, de fato, eu não sabia.
Uma dessas coincidências que gosto bastante é o fato de Jane Austen ter terminado Orgulho e Preconceito antes de completar 21 anos, e eu terminei Capricho e Perfeição do mesmo modo.
Também descobri que há uma escola chamada “Mount House” em Hertfordshire — e aí está outra coincidência que descobri somente agora.
Eu posso até dizer que este livro é quase uma releitura de Orgulho e Preconceito, mas, ao mesmo tempo, uma obra original com personagens únicos.
Eu queria que essa história se passasse em Londres, porque é um grande palco dos romances de época mais famosos, mas devo lembrar, querido leitor, que o mundo em que minhas histórias se passam é um mundo inventado por mim. Por isso, fatos históricos e locais são usados apenas para integrar a história a um mundo real.
Embora a história não passe durante as temporadas sociais londrinas, os bailes são uma referência a eles.
Devo dizer ainda que a perfeição de fato não existe. Eliza está longe de ser perfeita, mas aos olhos de Dammian ela é perfeita, pelo simples fato de ele amá-la tanto que jamais se deixaria abalar por qualquer defeito que ela demonstrasse ter.
Mas Dammian tem plena consciência de que a perfeição em si nunca existirá.
Eliza nunca será perfeita, pois o seu maior defeito é o julgamento. Em toda a história ela julgava a todos, e isso era um ato inocente, pois não queria se envolver com pessoas que não fossem agradáveis. Mas isso não tira o fato de que, sim, julgar as pessoas é um ato imperfeito — assim como Dammian era caprichoso, insolente e cheio de luxos.
Era assim que Eliza o enxergava no início de tudo, e ele enxergou a perfeição — mas tudo isso não passa das suas primeiras impressões.
Eu nunca havia feito um personagem com uma personalidade tão complexa como Dammian. Era uma mistura de senhor Darcy com o senhor Rochester de Jane Eyre, e com o ar gentil e afetuoso que costumo colocar em meus personagens.
Tudo isso se transformou em um homem que era impetuoso no início e que se achava no direito de ser superior a tudo e todos — mas no fim se torna alguém que ama Eliza, ardentemente.
Eliza é como as moças que gosto de escrever: são mulheres fortes e têm seus talentos.
Eliza nunca se tornou uma grande cantora, porque de fato nunca teve tanto interesse nisso, mas passou a vida cantando para seus amigos e família.
Minhas protagonistas são mulheres que amam intensamente e, mesmo assim, seguem em frente mediante a seus problemas no decorrer de seus caminhos.
Obrigada por ler sobre a minha Eliza e o meu Dammian.
“Dê-me Orgulho e Preconceito e vou me apaixonar sempre pelo Sr. Darcy.” – Julia Quinn
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Até a próxima carta! <3